Uma operação conjunta realizada nesta semana em Cruz das Almas, no Recôncavo Baiano, resultou na apreensão de cerca de uma tonelada de espadas juninas — artefatos explosivos típicos do período de São João. A ação foi coordenada pela Polícia Civil da Bahia, com apoio de diversos órgãos, incluindo Polícia Federal, Exército Brasileiro, Ministério Público do Trabalho, além do Departamento de Polícia Técnica e da Coordenação de Fiscalização de Produtos Controlados.

Segundo informações da Delegacia Territorial de Cruz das Almas e da 4ª COORPIN/SAJ, as espadas estavam armazenadas em um barraco improvisado, construído de forma clandestina em uma área originalmente destinada à agricultura familiar. No local, os agentes também encontraram insumos usados na fabricação das espadas, como pólvora negra, bambus, sisal, nitrato de potássio, enxofre, sulfato, cinzéis, pilões e até uma espingarda artesanal.

Apesar do grande volume de material apreendido — cerca de 1.000 espadas prontas para venda, cada uma avaliada em R$ 42 — ninguém foi preso durante a operação. Todo o material será periciado e posteriormente destruído pelas autoridades.

A chamada “Guerra de Espadas”, tradição cultural de Cruz das Almas durante o São João, é considerada perigosa pelas autoridades. Todos os anos, dezenas de pessoas ficam feridas, muitas com queimaduras graves, gerando superlotação nos hospitais da cidade e da região.

“Apesar de ser uma prática cultural enraizada, o uso desses artefatos representa sérios riscos à saúde e à segurança pública”, alertou a Polícia Civil em nota.

As investigações continuam, com o objetivo de identificar os responsáveis pela produção ilegal e possíveis conexões com outras atividades criminosas.

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Uma operação conjunta das Polícias Civil e Militar de Cruz das Almas resultou na prisão de um jovem de 21 anos, identificado pelas iniciais E.A.S., suspeito de envolvimento em um homicídio e uma tentativa de homicídio ocorridos na cidade de Castro Alves, no Recôncavo Baiano.

Segundo a investigação da Polícia Civil, o crime aconteceu na noite do dia 6 de fevereiro de 2025, por volta das 23h, na Rua da Cerquinha, centro de Castro Alves. Na ocasião, E.A.S., acompanhado de um comparsa, teria efetuado disparos de arma de fogo que vitimaram fatalmente Marival Soares Souza. Uma mulher também foi baleada, mas sobreviveu ao ataque.

As autoridades apontam que o crime está relacionado à disputa por território para o tráfico de drogas. O acusado seria integrante da facção criminosa Bonde do Maluco (BDM), que atua em parceria com o Terceiro Comando Puro (TCP) na região.

Após o crime, E.A.S. teria se refugiado em Cruz das Almas, buscando proteção contra grupos rivais. No entanto, foi localizado e detido pelas forças de segurança locais, que cumpriram o mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça.

O suspeito já possui antecedentes por tráfico de drogas e porte ilegal de armas em Castro Alves, e, de acordo com a polícia, exerce papel de liderança no crime organizado da região. A prisão é considerada um passo importante no combate à criminalidade no interior baiano.

E.A.S. segue custodiado na Delegacia de Cruz das Almas, à disposição da Justiça.

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O Ministério Público da Bahia (MPBA) apresentou denúncia à Justiça contra 37 pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa responsável por movimentar milhões de reais por meio de rifas ilegais e pela lavagem do dinheiro obtido com essa prática. Segundo o documento protocolado nesta semana, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) identificou um esquema complexo de captação, movimentação e disfarce de recursos, que envolvia empresas fantasmas, intermediários e “laranjas”.

A acusação faz parte da segunda fase da operação denominada ‘Falsas Promessas’. Conforme as investigações, os crimes eram cometidos por diferentes núcleos que atuavam de forma coordenada. Esses grupos se dedicavam à realização de rifas clandestinas e à ocultação dos lucros ilegais, mantendo uma relação constante de colaboração mútua. O Gaeco afirma que havia um verdadeiro consórcio criminoso, com divisão de recursos logísticos, financeiros e operacionais, estruturado para maximizar lucros e dificultar o rastreamento da origem dos valores.

O grupo promovia rifas clandestinas em larga escala, frequentemente manipulando os resultados para manter os prêmios dentro da própria organização. A apuração também revelou que os valores arrecadados eram reinseridos na economia formal por meio de empresas de fachada, contas bancárias em nome de terceiros e transações em dinheiro vivo.

Os denunciados responderão por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar. Entre os principais líderes identificados estão José Roberto Nascimento dos Santos, conhecido como “Nanan”, Ramhon Dias de Jesus Vaz e Josemário Aparecido Santos Lins.

Demais acusados incluídos na denúncia:

– Gabriela da Silva Vale (companheira de José Roberto Nascimento)
– Joabe Vilas Boas Bonfim
– Charles Vilas Boas Prazeres
– João Nilton Lima Laurentino
– Rafaela de Carvalho Souza
– Vinícius de Souza Santos
– Ludmila Soares do Nascimento
– Jorge Vinícius de Souza Santana Piano
– Jefferson Pereira da Silva
– Ivonei Santos Souza
– Idelfonso de Jesus Santos Filho
– Adenilton Silva de Jesus
– Wesley da Silva Damasceno
– Paulo Santos da Silva Júnior
– Lismara Assis da Silva de Jesus
– Nadson Souza Ferreira
– Alessandro Conceição de Souza Santos
– Daniel Alves da Silva
– Franklin de Jesus Reis
– David Mascarenhas Alves de Santana
– Jorge Jatobá de Paula
– Califa Fernandes Teixeira
– Rafaela Almeida Silva Aragão
– Francisco Souza Braga Júnior
– Manuel Ferreira da Silva Filho
– Adilson Prazeres Barbosa
– Adeilton Prazeres Barbosa
– Valdomiro Maximiniano dos Santos
– Antônio César de Jesus
– Fernando Ferreira de Jesus
– Jeferson Silva Franca
– Lázaro Alexandre Pereira de Andrade
– Almir Witzlebem Barradas Neto
– Alan dos Santos Souza